No mesmo sentido, recentemente o Supremo Tribunal Federal decidiu que os concursos públicos destinados para as polícias não podem impor limites para a participação feminina. Ou seja, reconheceu-se a inconstitucionalidade da regra que tradicionalmente estabelecia percentual de vagas inferior para as mulheres.
Essas duas decisões são emblemáticas de uma mudança paradigmática na sociedade brasileira e revelam que não se admite mais qualquer tipo de discriminação em virtude do gênero. Os espaços de poder devem ser divididos de forma equilibrada entre mulheres e homens. E isso não apenas em virtude da justiça no acesso igualitário aos cargos públicos, mas pela representatividade e sábia visão que as mulheres carregam para suas funções.
No cotidiano do Judiciário, é notório o valor que as Oficialas de Justiça agregam para a concretização dos direitos de todos os cidadãos. Dotadas de profundo conhecimento, profissionalismo e sensibilidade, as Oficialas de Justiça constroem a justiça com muita sabedoria.
Evidentemente, ainda há muitos desafios a serem enfrentados para se alcançar um verdadeiro equilíbrio entre os gêneros nas suas atividades profissionais, levando em consideração os estereótipos ainda existentes, necessidades distintas, demandas sociais desiguais, cobranças etc. Mas a sororidade desenvolvida entre as Oficialas de Justiça mostra sua força e será fundamental na edificação de um Poder Judiciário melhor para todos.
Feliz Dia Internacional da Mulher!