A UniOficiais participou, nesta terça-feira (23), da reunião do Subgrupo 1 (estruturas dos cargos, competências e atribuições) do Fórum de Discussão Permanente de Gestão das Carreiras dos Servidores do Poder Judiciário da União. Os debates prosseguiram em torno da carreira única, objeto de uma proposta de reestruturação dos cargos do Judiciário apresentada pela Fenajufe na última reunião.

Nesse sentido, foi apresentado pelo Sindjus/DF um estudo demonstrando que a proposta da Fenajufe possui vício de inconstitucionalidade, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal já se pronunciou algumas vezes de forma contrária à criação de carreira única para agrupar cargos distintos. Carreira se refere à forma de estruturação de cargos públicos de atribuições similares que permite a evolução de maneira hierarquizada por meio de critérios, em geral, de antiguidade e merecimento.

Desse modo, afigura-se inconstitucional por afronta ao concurso público reestruturar os cargos do Poder Judiciário da União com a junção em uma única carreira por possuírem atribuições distintas. Inclusive, o estudo apresentado pelo Sindjus/DF também deixou claro que os Oficiais de Justiça caracterizam uma carreira distinta por possuírem atribuições, gratificação e concurso público específicos.

A UniOficiais se posicionou de forma contrária à reestruturação dos cargos do Poder Judiciário em carreira única, manifestando-se sobre a correção com a retomada do cargo  de Oficial de Justiça, face às peculiaridades do exercício funcional.

Também se posicionaram contra a proposta de carreira única o Sindjus/DF e a Associação Nacional dos Analistas Judiciários (Anajus); todos demonstrando a necessidade de delimitação clara das atribuições de cada um dos cargos de forma a evitar eventuais desvios de função.

De outro lado, defenderam a proposta de criação de carreira única a Fenajufe e a Anatecjus sob a justificativa de que hoje Técnicos e Analistas desempenhariam as mesmas atribuições.  Para eles todos os cargos exerceriam a mesma “atividade jurisdicional” em um “fazer único”.

Ainda que a proposta da Fenajufe não tenha deixado claro o intuito de realizar a equiparação dos cargos, as falas dos seus coordenadores foram todas no sentido de um “fazer único”, de que todos exercem a mesma “prestação jurisdicional”. Os riscos são a insegurança aos servidores que já ingressaram no serviço público e os abusos aos servidores desviados. O que se evidencia com a aprovação do nível superior para Técnicos é a necessidade de se delimitar de forma clara as atribuições de cada um dos cargos para evitar confusões desnecessárias e desvios de função no Poder que deve zelar pela licitude nas relações trabalhistas. 

Os representantes dos Tribunais informaram que iriam levantar junto a suas Regionais os problemas que estão ocorrendo a fim de avançar na construção de alguma proposta para o novo PCS. Todos ficaram de analisar os estudos apresentados para dar sequência nos debates na próxima reunião.

A UniOficiais segue com o trabalho intenso para garantir a valorização de todos os cargos do Poder Judiciário da União. Todos os cargos são importantes na estrutura do Poder Judiciário, mas é necessário diferenciar situações distintas para resguardar os direitos de todos.

Nesta quarta-feira (24) acontece a reunião do Subgrupo 3 do Fórum de Carreiras, que trata da Reestruturação Salarial e Política Remuneratória. A UniOficiais participará e defenderá o reajuste emergencial com valorização do vencimento básico.

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